A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Divisão de Vigilância Epidemiológica (Viep), vai realizar mais uma edição do Dia da Mancha, nesta segunda-feira (7). Orientações sobre a hanseníase e exames clínicos estão entre os serviços que serão oferecidos, das 8h às 17 horas, no estacionamento do Paço Municipal Maria Quitéria. De acordo com a coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase, Maria da Conceição Carneiro, Feira de Santana registrou 103 novos casos de hanseníase de janeiro a setembro deste ano. “Estamos registrando uma maior incidência da doença. Os profissionais que atuam nas unidades de saúde do município estão mais atentos, identificando casos suspeitos e encaminhando os pacientes ao Centro de Saúde Especializado (CSE) Dr. Leone Coelho Leda”, salienta. Segundo a coordenadora, enfermeiros e dermatologistas estarão engajados na ação do Dia da Mancha para detectar mais casos. “Raramente o paciente vai suspeitar que as manchas brancas ou avermelhadas na sua pele podem estar associadas à hanseníase. Por isso, muitos casos ainda não foram diagnosticados. Queremos instruir a população sobre a doença, que compromete os nervos periféricos da face, dos braços e das pernas, causando a perda da capacidade física”, ressalta. Ainda de acordo com Maria da Conceição, as manchas brancas ou avermelhadas sobre a pele são os primeiros sinais da hanseníase. “Elas não apresentam sensibilidade ao serem tocadas, não coçam e nem desaparecem do corpo. Além das manchas, existem outros sinais que atestam a doença, como dormência nos pés e nas mãos, caroços e inchaços no rosto e nas orelhas e diminuição de força nas mãos e nos pés”, informa. O tratamento da hanseníase, conforme a coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase, é eficiente, caso não seja interrompido. “Ele pode durar de seis meses a um ano e não pode ser abandonado mesmo no caso de melhora dos sintomas. A doença não provoca óbitos, mas traz incapacidades físicas se não for tratada”, alerta.