O combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, passou a ser executado também pelos técnicos da Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa), durante as fiscalizações realizadas nos estabelecimentos comerciais. Os técnicos do órgão podem agora notificar os estabelecimentos que oferecem condições favoráveis a proliferação do mosquito. A iniciativa, que soma esforços com as ações da Vigilância Epidemiológica, partiu do projeto “Educação Permanente e Educação Sanitária no Controle da Dengue”, elaborado pelas biólogas da Divisa, com o objetivo de propagar a Educação Ambiental e Educação Sanitária em estabelecimentos fiscalizados pelo órgão e assim diminuir as condições ambientais e socioculturais envolvidas no processo de disseminação da doença. De acordo com a chefe da Divisa, Kérssia Carneiro, o mesmo olhar clínico que o agente de endemias possui sobre a dengue está sendo adotado pelos técnicos. “Três biólogas especialistas em dengue foram inseridas no quadro da Divisa e são responsáveis por orientar nossos técnicos”, explica. Segundo ela, orientações sobre o combate ao mosquito estão sendo passadas durante as fiscalizações. “O trabalho educativo vem sendo realizado, independente de serem encontrados focos do mosquito. A conscientização e sensibilização do maior número de pessoas é fundamental para o controle da doença”, ressalta. A bióloga da Divisa, Jamile Adorno, observa que os donos dos estabelecimentos devem ficar atentos principalmente com as calhas. “Nas residências, focos do mosquito são encontrados em vários recipientes. Já nos estabelecimentos comerciais, geralmente os focos ficam concentrados nas calhas que, devido a sujeiras, acumulam poças d’água e impedem o escoamento da água da chuva”, destaca.