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Uefs realiza vacinação contra a hepatite B

Saúde - 23/03/2011

O Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realiza até esta quarta-feira (23) a 62ª Campanha de Vacinação contra Hepatite B destinada a alunos, professores e servidores deste Departamento e do curso de Ciências Biológicas, além de policiais militares. O objetivo é imunizar profissionais inseridos em grupos de risco que trabalham ou vão atuar em laboratórios, clínicas e hospitais.

 

De acordo com professora Mirian Tereza Maciel, coordenadora do Programa de Vacinação contra a Hepatite B, é importante imunizar todos os profissionais que trabalham em hospitais ou fazem parte dos grupos de risco. “Hoje é exigido cartão de vacinação dos alunos que vão estagiar nos hospitais, daí a necessidade de todos os estudantes da área estarem vacinados”, salienta a professora. Maciel explica que não há indicação para toda a comunidade, por isso a Secretaria de Saúde autoriza vacinação apenas desse grupo.

 

Fabrício da Silva, estudante do 3º semestre de Odontologia, avalia como positiva a iniciativa porque há uma obrigatoriedade de todos os estudantes da área de saúde se vacinarem contra a hepatite B e nem todos têm tempo suficiente para pegar filas em postos de saúde. “Tendo vacinação aqui na Uefs facilita a vida desses estudantes”, destaca.

 

O posto de vacinação está situado no Laboratório de Enfermagem, localizado no MP 62, módulo 6, campus universitário. Em 15 anos de campanha, foram vacinadas cerca de 3.100 pessoas da Uefs, além de 120 PMs. Os trabalhos têm a parceria do Colegiado de Enfermagem. Participam da campanha dois bolsistas de extensão, professores e alunos do curso de Enfermagem para a triagem dos que vão ser vacinados.

 

Causas e sintomas

 

A hepatite B é uma inflamação do fígado causada pelo vírus HBV em determinadas situações de uso de medicamentos e também pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas. A doença pode eventualmente causar falência do fígado e a morte.

 

Transfusões de sangue, uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem preservativo (camisinha) são as formas mais frequentes de contaminação. O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença. Gestantes portadoras do vírus podem transmitir a doença para os bebês, sendo o momento do nascimento, seja por parto normal ou por cesariana, o principal momento de risco para a transmissão.

 

Muitas pessoas não apresentam sintomas e descobrem que são portadoras do vírus, em atividade ou não, em exames de rotina. Quando presentes, os sintomas ocorrem em fases agudas da doença e são semelhantes aos das hepatites em geral, se iniciando com mal-estar generalizado, dores de cabeça e no corpo, cansaço fácil, falta de apetite e náusea, coloração amarelada das mucosas e da pele (icterícia), coceira no corpo, urina escura e fezes claras.

 

Prevenção e tratamento

 

A vacina para hepatite B deve ser feita em todos os recém-nascidos, iniciando o esquema vacinal já no primeiro mês de vida. Adultos não vacinados e que não tiveram a doença também podem receber a vacina, que está especialmente recomendada a pessoas que cuidam de pacientes, a profissionais da área da saúde, aos portadores do vírus da hepatite C, alcoolistas e a indivíduos com quaisquer outras doenças hepáticas. Devem-se usar luvas, máscara e óculos de proteção quando houver possibilidade de contato com sangue ou secreções corporais.

O tratamento usual para a hepatite B são repouso, uma dieta balanceada e abstinência de bebidas alcoólicas e certos medicamentos durante, no mínimo, seis meses. Antibióticos não são eficazes no tratamento da hepatite B. Exceto nos casos mais sérios, normalmente não se é necessária a internação hospitalar. Caso haja desidratação, é necessário tomar soro por via intravenosa. 

Marly Caldas - Ascom/Uefs
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