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Historiador questiona exclusão de Santo Estêvão da RM

Política - 23/07/2011

A exclusão do município de Santo Estêvão da recém-criada Região Metropolitana de Feira de Santana tem sido motivo de questionamento entre autoridades políticas e população de modo geral. No dia 16 de junho, foi aprovada a RM composta por seis municípios: Feira de Santana, Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, Tanquinho e São Gonçalo dos Campos. A lei foi sancionada pelo Governador Jaques Wagner no dia 7 de julho.

Mesmo no projeto inicial, em que 16 cidades integrariam a região metropolitana, o município de Santo Estêvão, situado a 38 quilômetros de Feira de Santana, não havia sido incluído. Recentemente o fato foi explorado em um artigo do historiador Gesael Passos Ferreira, na coluna Santo Estêvão em Foco.

O pesquisador considera inaceitável a ausência de Santo Estêvão na Região Metropolitana. “É a cidade com maior população urbana da região, depois da metrópole (é só conferir dados do IBGE), encontra-se mais próxima de Feira do que outras escolhidas e tem altas taxas de crescimento econômico, sobretudo em função da fábrica de calçados com cerca de quatro mil trabalhadores”, aponta Gesael.

Ele observa ainda que a implantação de uma Região Metropolitana é de vital importância para o desenvolvimento econômico e social da região. “Há tempos que Feira de Santana possui características próprias de uma Metrópole e, esta decisão, embora tardia, propiciará uma atenção maior do Governo Estadual e Federal no enfrentamento dos graves problemas urbanos, especialmente no que tange ao meio ambiente, visando ofertar uma melhor qualidade de vida para todos os municípios que integram a região”, destaca no texto.

O historiador lembra que Santo Estêvão está inserida diretamente no contexto de desenvolvimento da região de Feira de Santana. “Sendo o mais importante entroncamento rodoviário do nordeste, Feira de Santana tem sabido aproveitar as oportunidades de crescimento induzidos pelo forte comércio de volumoso parque industrial, tornando um pólo, inconteste, de atração em toda a região, inclusive se colocando, sempre, na vanguarda do crescimento do Estado da Bahia”, salienta Gesael. 


Geração de emprego em Santo Estêvão cresce ainda mais em junho

O município de Santo Estêvão continua registrando um sobressalto na geração de emprego com carteira assinada. A cidade que ocupava o 19º lugar no ranking que mede a evolução do emprego formal na Bahia no mês de maio ganhou mais cinco posições no mês de junho. Neste período, Santo Estêvão registrou o saldo positivo de 121 novos empregos, ocupando o 14º lugar no ranking.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Durante o período, foram contabilizadas 216 admissões em Santo Estêvão, e apenas 95 desligamentos. Os números são referentes aos empregos formais – com carteira assinada.

Considerando as cidades da região, o município de Santo Estêvão fica atrás apenas de Feira de Santana, que registrou um saldo positivo de 693 novos postos de trabalho no mês de junho. Os números do CAGED evidenciam o crescimento da geração de emprego em Santo Estêvão. Em comparação ao mês anterior, o número de pessoas admitidas no município passou de 184 para 216. O saldo positivo que era de 104 novos postos de trabalho em maio, passou para 121 em junho.

O percentual de evolução do emprego formal em Santo Estêvão é de 2,59%, superior ao índice da Bahia (0,73%) e do Brasil (0,58%).  O prefeito Rogério Costa destaca positivamente o crescimento na geração de emprego formal no município. “São números que nos deixa orgulhosos e nos incentiva a trabalhar ainda mais para o desenvolvimento da cidade”, pontua.   

Ordachson Gonçalves
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