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Pinheiro defende Ciência e Tecnologia local como base para desenvolvimento

Política - 25/05/2011

“O Brasil deve assumir o compromisso com o crescimento intelectual na área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Uma das ações para atingir esse objetivo é o trabalho em conjunto da secretaria dessa pasta nos Estados com as universidades estaduais, capilarizando diversas ferramentas para o desenvolvimento tecnológico”. A afirmativa foi do senador Walter Pinheiro (PT-BA), durante audiência pública realizada hoje (25), pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado. 

Pinheiro criticou a ausência dessas secretarias em alguns Estados. “Não é para ocupação de cargos ou espaço, mas sim, para desenvolver a ciência local, fomentando a formação de especialistas em tecnologia, acumulando capacidade de desenvolvimento visando criar novos projetos que podem ser aplicados, por exemplo, nos parques tecnológicos. O centro desse avanço é a área de recursos humanos, pois não podemos continuar tendo que importar cientistas e engenheiros”.

Segundo o parlamentar baiano, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) é de suma importância para o  desenvolvimento da inovação tecnológica no Brasil. Para ele, a Finep deve atuar no fomento à tecnologia, incentivando as micro e pequenas empresas nos programas setoriais de inovação. “É esse marco regulatório que devemos avançar para que o Brasil, que neste Governo elegeu a inovação como um dos alicerces da sustentabilidade do desenvolvimento, possa diminuir as distâncias dos avanços tecnológicos comparados a outros países, como a China”, disse.

Para o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, o Brasil avançou nesses últimos dez anos porém,  precisa valorizar, ainda mais, o cenário de Ciência e Tecnologia. “Os países que não conseguirem ter uma economia inovadora e não estimularem as empresas e as universidades a inovar estrategicamente, serão passados para trás e batidos pela concorrência”, disse Arbix, para quem os países em desenvolvimento não devem ser meros copiadores ou compradores de tecnologias.

Para o diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o economista Rafael Lucchesi, o Brasil precisa ainda criar uma mobilização empresarial pela inovação, um movimento que vise colocar a inovação no centro das estratégias empresariais. Para ele, a agenda de desenvolvimento e inovação brasileira tem que ampliar investimentos e fazer uma mobilização conjunta entre o setor privado, o governo e a sociedade, todos voltados para o entendimento de que "a inovação tem que estar no centro do desenvolvimento".

Esse foi o primeiro dos oito debates que serão realizados a cada mês, organizados pela CCT sobre o tema “Jornada pela Inovação”.  Ao final das audiências públicas será formado um grupo de trabalho para consolidar os resultados obtidos em propostas legislativas.

Com informações da Agência Senado

Alexandre Requião (Borega) - Assessoria de Comunicação
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