Mais
de um milhão de baianos, moradores de 127 municípios contam com o
Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, para
atendimentos pelo Sistema Único de Saúde. Dividido em dois pavimentos, o
equipamento oferece desde
a emergência até o atendimento em todas as especialidades de alta
complexidade, incluindo cirurgias angiológicas e neurocirurgias. O
prédio antigo conta com 300 leitos, enquanto o novo, chamado de Hospital
Geral Cleriston Andrade 2 (HGCA2), inaugurado no último
dia 15 de julho pelo governador Rui Costa e pelo secretário da Saúde,
Fábio Vilas-Boas, oferece mais 60 leitos, sendo 40 de UTI e 20 clínicos.
Ainda serão investidos mais R$ 30 milhões na segunda fase de ampliação
da unidade.
Juntos, os dois núcleos formam o maior complexo
hospitalar do interior da Bahia, recebendo mais de nove mil pacientes
por mês. Pelo HGCE2, que por enquanto está atuando apenas no combate ao
coronavírus, já passaram 133 pacientes, desde
a inauguração em julho até esta quarta-feira (19). Instalado em uma
área de 25 mil metros quadrados, o HGCA 2 contou com um investimento de
R$ 60 milhões. O secretário Fábio Vilas-Boas destaca que a ampliação do
HGCA continua. “Agora nós estamos dando início
à licitação da segunda fase de ampliação do Clériston Andrade, para a
construção de novas enfermarias, novas áreas de apoio, uma nova cozinha,
um novo centro cirúrgico, investimentos que vão demandar mais de um ano
de obras e mais de R$ 30 milhões”.
O coordenador das UTIs do complexo, Lúcio
Couto, afirma que “o investimento mudou a realidade da região, porque
nós saímos de uma situação inicial de 28 leitos, sendo que 10 deles eram
para pacientes infectados pelo novo coronavírus
e 18 para outros pacientes, e recebemos mais 40 leitos para pacientes
com Covid-19”. Para Couto, os novos leitos oferecem os equipamentos mais
importantes para os casos graves de Covid-19: a terapia intensiva de
qualidade. “A diferença é grande porque esses
pacientes não estão ficando sem leitos. Todos os pedidos que estão
chegando para o Clériston Andrade pela central de regulação estão sendo
atendidos”. Ele informa que o ingresso na unidade é exclusivamente
através da regulação.
Primeiro tomógrafo do Brasil com inteligência artificial
O primeiro tomógrafo do Brasil com inteligência
artificial na captura de imagens e reduzido índice de radiação foi
instalado no Hospital Geral Clériston Andrade 2 (HGCA 2), em Feira de
Santana, e atenderá apenas pacientes do Sistema
Único de Saúde (SUS). Ele compõe parte do moderníssimo parque de imagem
do HGCA 2, que possui ainda um tomógrafo de 16 canais, três aparelhos
de ultrassonografia, dois raio-X com digitalizadora de imagem e, em
breve, uma ressonância magnética.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado,
Fábio Vilas-Boas, o investimento é superior a R$ 11 milhões apenas em
equipamentos. “O governador Rui Costa escolheu Feira de Santana para
instalar o único tomógrafo do país com inteligência
artificial e capacidade de aprendizado profundo, chamado de Deep
Learning Reconstruction. O equipamento possibilita aquisições de imagens
em apenas 0,23 segundos com até 160 cortes simultâneos, além de
capacidade de reconstrução interativa com até 70 imagens
por segundo”, explica o secretário.
Nova Emergência
A nova Emergência do hospital, reinaugurada em
julho de 2018, após passar por uma reforma e ampliação, aumentou a
capacidade em aproximadamente 50% e já atendeu 43.566 pacientes, entre a
reabertura e esta quarta-feira (19). Foram investidos
na obra cerca de R$ 10 milhões em uma área ocupada de 2.300m². No
local, os baianos contam com uma sala para procedimentos invasivos, sete
leitos de emergência para adultos, sala de estabilização com 16 leitos,
sala de sutura e curativo, sete salas de exames
diferenciados, ortopedia e pediatria. Conta ainda com quarto de
isolamento adulto, uma sala coletiva de observação adulto com 35 leitos,
uma sala de ortotrauma com 16 leitos, e dois postos de enfermagem.
O diretor-geral do HGCA, José Carlos Pitangueira, fala dos investimentos
feitos na unidade nos últimos dois anos, especialmente na reforma da
Emergência, que recebeu recursos da ordem de R$ 10 milhões. “As obras
realizadas pelo Governo do Estado eram esperadas
por mais de 20 anos. A nova Emergência do Clériston Andrade parece a de
um hospital particular. Isso proporciona uma melhoria para os
profissionais da saúde e para os pacientes, que são atendidos com
respeito e dignidade. Nós temos a sala vermelha, é uma verdadeira
UTI com 16 leitos, nós temos o centro cirúrgico, o Ortotrauma, a sala
de perfusão, que salva a vida de pacientes cardíacos e vítimas de AVC”,
comentou.