A operação policial foi deflagrada simultaneamente na Bahia e no Rio de Janeiro
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (19/04), a Operação Bancarrota, a fim de desarticular uma organização criminosa especializada na exploração de máquinas caça-níqueis no município de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos. Foram expedidos 15 mandados de prisão preventiva e 38 de busca e apreensão, para serem cumpridos nos municípios do centro-norte baiano Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos e também no Rio de Janeiro.
Durante as investigações, realizadas desde o recebimento de denúncia no início de 2008, verificou-se que a organização criminosa possui alto grau de coordenação na região. Os levantamentos apontaram a possível participação de membros de forças policiais das áreas investigadas na atuação da quadrilha.
As máquinas caça-níqueis eram montadas em Feira de Santana e distribuídas em pontos da cidade, assim como para outros municípios do interior do Estado e para Alagoas. A organização desenvolveu um esquema de controle das máquinas e de seus integrantes, consistente na afixação de "selos" identificadores, com a finalidade de evitar que elas fossem apreendidas. Os selos eram renovados mensalmente e o valor recolhido como pagamento pelas etiquetas era repassado ao chefe da quadrilha, que garantia a operação das máquinas.
Já foram coletadas provas do crime de contrabando, em razão da utilização de componentes estrangeiros nas máquinas, bem como de formação de quadrilha e exploração de jogos de azar, capitulados na Lei de Contravenções Penais. Hoje, a polícia busca provas da prática dos delitos de corrupção ativa e passiva.
O nome Operação Bancarrota faz alusão ao objetivo buscado nessa ação da PF, que é levar a quebra ou falência dos proprietários de máquinas caça-níqueis em Feira de Santana. O responsável pela ação é o superintendente da Polícia Federal na Bahia, delegado Jose Maria Fonseca.
Dois galpões localizados no bairro Santa Mônica foram fechados e apontados pela PF como depósitos para a montagem e consertos das máquinas. Os locais pertencem a José Carlos Ferreira S. Ribeiro e Josemar Ferreira de Araújo, conhecido como Mazinho. Nos locais foram apreendidas várias máquinas inteiras e desmontadas e até partes eletrônicas que servem para o funcionamento das máquinas. Dos equipamentos apreendidos foram retirados o hardware, que são as partes eletrônicas das máquinas e serão levados para a perícia.
Durante a ação policial foram presos: Andray Salvador Morais; João Carlos Lopes Pereira; José Carlos Ferreira S. Ribeiro; Josemar Ferreira de Araújo, conhecido como Mazinho; Lidiane Ladislau dos Santos; Luiz Dilmo Pereira Rios; Osmar dos Santos Ribeiro; Renilson José Ferreira de Almeida; Sisnando Sampaio de Oliveira; Ubiratan César de Oliveira e Waltemir Sá Teles Souza. Mais quatro pessoas estão sendo procuradas pelos policiais.
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