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Aula Magna da Uefs reafirma a luta em defesa dos valores da liberdade e democracia

Educação - 10/09/2018

Aula Magna da Uefs reafirma a luta em defesa dos valores da liberdade e democracia
Afirmar a resistência da universidade neste momento crítico de conservadorismo na sociedade e promover questionamentos, sobretudo temas novos, críticos, que rompem com a tentativa de controle ideológico, de controle político, de controle até pelas vias judiciais das universidades. De acordo com o reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), professor Evandro do Nascimento, são essas proposições que devem nortear o caminho de uma Instituição livre e democrática.

O pronunciamento abriu a sessão solene da Aula Magna do semestre letivo 2018.2, realizada nessa segunda-feira (10), que teve como palestrante a professora Doutora Lívia Maria Natália de Souza Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além do reitor, a mesa de abertura foi composta pela professora Norma Lúcia Fernandes, vice-reitora e presidente da Comissão de Ações Afirmativas da Uefs, professora Marilene Lopes, representante da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Carmedite Moreira Silva, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sintest/BA-Uefs), Kirlian Lima, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Julieta Palmeira, Secretária Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia.

Com o tema “Epistemes Decoloniais da Perspectiva de Mulheres Negras", a professora Lívia Natália, doutora em Teoria e Crítica da Literatura e da Cultura, iniciou a Aula Magna contextualizando que “é preciso revisitar a universidade pensando o que a universidade construiu como saberes e reconhecer que esses saberes se organizaram de maneira excludente”. Segundo ela, a universidade permanece com o discurso etnocêntrico. "É preciso entender que é possível construir saberes e conhecimentos para outras humanidades que são negadas além do etnocentrismo”, disse.

A palestrante também destacou que, “discutir política em todos os cursos, em todos os ângulos, é a única forma de não sermos cúmplices ou geradores de racismos institucionais, violências epistêmicas, silenciamento, genocídio simbólico e fobia em relação à diferença de raça, gênero e sexualidade”. Lívia Natália sintetizou afirmando: “é necessário ensinar a todas as pessoas que a diferença é um dado humano e não um instrumento de hierarquias rebaixadoras”.

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