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Professores fazem protesto contra o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos

Educação - 24/04/2018

Professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) farão um ato público nesta quarta-feira (25), a partir das 9h, na Praça da Piedade, em Salvador. O movimento docente denunciará a maior perda salarial dos últimos vinte anos, os ataques do governo aos direitos trabalhistas e reafirmarão a luta em defesa das instituições públicas de ensino superior.

Haverá paralisação das atividades acadêmicas nas universidades estaduais do Sudoeste da Bahia (Uesb), de Santa Cruz (Uesc) e do Estado da Bahia (Uneb). Na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), os trabalhos não serão suspensos, mas a diretoria da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs) convocou a comunidade acadêmica a endossar a mobilização a ser realizada na capital baiana.

Além da manifestação, a Praça da Piedade servirá de espaço para uma panfletagem e aulas públicas sobre “Os ataques do governo às universidades estudais da Bahia” e “A importância das universidades estaduais da Bahia”.

O ato público foi organizado pelo Fórum das ADs, entidade que reúne as diretorias das quatro associações docentes das universidades. De acordo com Sérgio Barroso, coordenador do Fórum, a atividade será importante para denunciar à sociedade baiana o descaso do governo Rui Costa com a situação dos professores e das instituições.

Motivos

A negativa do governo sta em conceder a reposição da inflação, entre os anos de 2015 e 2017, impôs grandes perdas aos professores das universidades estaduais. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), encomendado pelo Fórum das ADs, este é o maior arrocho salarial dos últimos vinte anos. Para recompor a perda é necessário um reajuste de, no mínimo, 21,1%

Além da ausência da reposição, o governo não respeita outros direitos trabalhistas. Atualmente, 957 docentes das quatro Ueba aguardam a promoção na carreira, progressão e mudança de regime de trabalho.

O estrangulamento orçamentário também é um grande problema. Desde 2013, as universidades sofreram um corte de mais de R$ 200 milhões na verba destinada para custeio e investimento. A redução desses recursos compromete a qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas nas instituições.

Lentidão nas respostas

A categoria protocolou a pauta de reivindicação no dia 18 de dezembro do ano passado. No documento, entregue na Governadoria e nas secretarias estaduais da Educação (SEC), da Administração (Saeb) e das Relações Institucionais (Serin), os professores exigiram a convocação de uma reunião em caráter de urgência.

No dia 20 de março deste, o Fórum das ADs voltou a protocolar um documento na SEC exigindo a reunião. Nesta data, o subsecretário da pasta, Nildon Pitombo, recebeu os professores e comprometeu-se a agendar o encontro com representantes da SEC e da Saeb. No entanto, o gestor não apresentou a posição do governo sobre as reivindicações apresentadas na pauta.

Como resposta ao descaso dos gestores públicos, os docentes das quatro universidades estão com indicativo de greve aprovado.

Ascom Adufsba
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