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FTC discute prevenção e estratégias de enfrentamento ao suicídio

Educação - 18/09/2017
FTC discute prevenção e estratégias de enfrentamento ao suicídio “Suicídio ainda é tabu”, asseguram participantes do curso - Foto: Divulgação

Ouvir. Uma ação simples pode ser a chave para prevenir o suicídio, um gesto de desespero que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, normalmente é precedido por muitos pedidos de socorro. O assunto foi tema de uma mesa redonda na FTC Feira de Santana, quarta-feira passada (13), promovida por estudantes do 6º semestre do curso de Enfermagem, com apoio do colegiado. O evento fez parte das ações alusivas ao Setembro Amarelo.

Profissionais da área de saúde se revezaram para falar sobre as estratégias de enfrentamento ao suicídio. A enfermeira Maiza Sandra Macedo, docente da Instituição e que atua no SAMU, explicou as ações desenvolvidas pelo órgão, enquanto a psicóloga Paula Rúbia Oliveira, que também é professora da Faculdade, explanou sobre as estratégias adotadas na UTI. A enfermeira Mariana Lopes Rios e a psicóloga Lívia Caroline Leite, falaram sobre as ações realizadas no CAPS III e no NASF.

“Suicídio ainda é tabu”, afirmou a psicóloga e professora do curso de Psicologia da FTC Roberta Lima Machado, que deu início às discussões apresentando os conceitos e fatores associados à problematização do suicídio na contemporaneidade. Ela defendeu a necessidade de se rever a questão, sem julgamentos e com um olhar apurado para identificar eventuais pedidos de socorro. Para Roberta, o suicídio é “um ato de desespero”.

Carmem Liêta dos Santos, responsável pela coordenação do evento – que faz parte da disciplina Enfermagem em Saúde Mental – juntamente com Monalisa Oliveira e Silva, explicou que o objetivo foi exatamente desenvolver as competências para o cuidado na prevenção e reabilitação. “Não podemos suprimir essas discussões, pois são fundamentais para as estratégias de enfrentamento e o aconselhamento profissional”, observou. A professora lembrou que há ainda situações jurídicas acerca da situação. “Na declaração e óbito não é registrado o suicídio, mas sim crime externo”, informou.

“Precisamos, acima de tudo, ouvir as pessoas”, conclamou a professora Hayana Leal Barbosa, coordenadora do Colegiado de Enfermagem, ao saudar os presentes. Ela destacou o comprometimento dos estudantes e professores em debater o tema e, sobretudo, o constante cuidado com o indivíduo. Para a aluna Mirtô Gondim, a questão do suicídio é deprimente, porque nem sempre as pessoas conseguem desabafar. “Precisamos enxergá-las e ouvi-las”, alertou.

Ao abrir oficialmente o evento, a professora Marcly Amorim Pizzani, diretora adjunta da FTC, citou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que indicam a ocorrência de 800 mil homicídios por ano, o que representa uma morte dessa forma a cada 40 segundos. Ela parabenizou os organizadores e destacou a importância de discutir o assunto, lembrando que o suicídio envolve diretamente seis pessoas próximas à vítima.

Madalena de Jesus/Ascom
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