Prosseguem até este sábado (5), no Campus da Universidade Estadual de Feira de Santana, o II Seminário Internacional de Educação do Campo, o III Seminário Estadual de Educação do Campo da Bahia e o I Seminário Regional do Procampo Nordeste. As atividades foram abertas na tarde de terça-feira (1º/9) com a participação de representantes de instituições do Brasil e do exterior.
São realizadas mesas-redondas, comunicações e painéis sobre diversos temas ligados à Educação do Campo e ao trabalho dos movimentos sociais. Os participantes também podem apreciar atividades culturais, entre elas, a II Feira de Culturas e Produção Camponesa. O evento é realizado no Auditório Central e no anexo, conhecido como 'hangar'.
A solenidade oficial de abertura, realizada na tarde de quarta-feira, contou com a participação dos reitores da Uefs, Evandro do Nascimento Silva; da UFRB, Sílvio Luiz de Oliveira Soglia, e do IFBa, Geovane Barbosa do Nascimento. Eles defenderam políticas públicas específicas para a Educação do Campo, que atendam às necessidades das populações campesinas de forma efetiva.
“Somente na última década vimos as portas das universidades se abrirem a essa parcela excluída da população. Hoje, nossas universidades têm uma perspectiva de inclusão, mas ainda é necessário lutar por mais políticas educacionais que esmerem, de fato, pelo atendimento das necessidades do homem do campo”, ressaltou o professor Evandro do Nascimento.
O professor Sílvio Soglia lembrou que esse avanço é fruto da luta e organização dos movimentos sociais. “Com isso, as universidades estão respondendo, mas restam duas preocupações: como essas instituições darão conta de atender a essa demanda? Estamos formando bem? A reflexão é necessária para uma política que absorva, de forma definitiva, os profissionais que estamos formando”, avaliou.
Para o professor Geovane Nascimento, é preciso desenvolver ações que primem pela permanência no campo. “Os jovens vêm, cada vez mais, saindo do campo. Precisamos mostrar a esses estudantes que é possível viver com dignidade da agricultura, o que depende da oferta de uma educação de qualidade, com o apoio a cooperativas, o desenvolvimento de projetos voltados especificamente para as necessidades da população rural”, destacou.
Em pronunciamento, a professora Ludmila Cavalcante, do Departamento de Educação da Uefs e da organização do evento, fez considerações sobre a relação entre a Educação do Campo e as entidades governamentais. “O desafio que colocamos para as autoridades é que a Educação do Campo é direito, não esmola”, salientou.
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Ascom/Uefs