De acordo com o secretário Jailton Batista, a ideia é promover não somente apresentações de shows, eventos de moda, mostras fotográficas, espetáculos de dança, rodas de capoeira e outras formas da cultura popular. “O que estamos propondo é, além disso, uma discussão abrangente sobre essas manifestações para que haja repercussão junto à comunidade”, explicou.
Jailton citou como exemplo de participação popular a recente apresentação da Orquestra Sinfônica da Bahia em praça pública e a realização da Feira do Livro. “A cidade viu o concerto e a feira”, afirmou, destacando que os eventos atingiram um público que não estava habituado a esse tipo de apresentação. “Isso mostra que quando há qualidade, a população prestigia”, defendeu.
A proposta inicial é realizar o projeto entre os dias 22 e 26 de janeiro de 2014, mas o secretário frisou que não há nada definido, já que a fase é de pré-estudo e discussão. Potencializar, valorizar, estimular e interagir são as palavras de ordem para viabilizar o projeto, cujo custo inicial está estimado em R$ 500 mil, segundo Luís Carlos Brasileiro, assessor da Secel e responsável pela elaboração da proposta.
O projeto foi bem recebido pelos integrantes dos movimentos culturais afro em Feira de Santana, que deverão compor uma comissão para viabilizar as ações programadas, com membros da Secretaria de Cultura e Fundação Cultural. O diretor do Afoxé Filhos da Luz, Antônio Anunciação, por exemplo, destacou a importância de se buscar a discussão e a preocupação com a elaboração de projetos.
Já Lurdes Santana, representante do Conselho da Igualdade Racial, alertou para o fato de existirem leis que estabelecem a realização de atividades e que nem sempre são cumpridas. Ela citou o Dia da Poesia (18), o Dia do Samba (3 de dezembro) e o Festival de Reggae – previsto para novembro. Ela atentou ainda para o tratamento que será dado à questão da religiosidade em torno dessas manifestações. (Madalena de Jesus)