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Lunata traz suas fases para o palco feirense

Eventos - 19/07/2011
Lunata traz suas fases para o palco feirense Com nome sugestivo, a banda Lunata é um verdadeiro mistério - Foto: Divulgação

Formada em Salvador no final de 2009 e já com um lançamento de estúdio no currículo, a banda Lunata é um verdadeiro mistério. A começar pelo nome sugestivo, que aponta para várias direções e não permite conclusões óbvias, e a se confirmar pela sonoridade eclética. Ouvindo as composições próprias divulgadas até o momento, fica a sensação de que cada pessoa pode avaliar de maneira diferente as inúmeras referências musicais e extramusicais notadas em todas elas.

Mas nada disso significa que esteja faltando identidade à Lunata. O EP Não Esquece o Guarda-Sol, lançado em março deste ano, tem a seu favor a produção certeira e sem excessos de Jorge Solovera. O equilíbrio segue através das quatro faixas do trabalho – “Nós”, “Rocco”, “De Manhã” e “Patternele” –, nas quais não se percebe nenhuma ânsia de soar experimental a qualquer custo. Sobretudo na cativante “Nós” e na lúgubre “Rocco”, a semelhança com outros grupos alternativos que mesclam o rock à MPB é notória, porém ambas se mantêm longe daquela pretensão importuna comum à maioria.

É com essa postura espontânea e cuidadosa, à beira de uma justa medida, que o quinteto assinala suas peculiaridades. Ju Moreira (voz), Gus Carvalho (guitarra e voz), Fred Luna (baixo), Filipe Costa (bateria) e Guga Guanaes (teclado) erram pouco, efetivamente, e acertam na alternância dos vocais, nas quebras rítmicas próximas do jazz, na suavidade pop e nas letras meditativas sobre individualidade, relações a dois e paisagens. Não há lugar para angústias exageradas, pois a música se caracteriza pela leveza constante.

Desconhecida de grande parte do público de Feira de Santana, a Lunata vem pela primeira vez à cidade como uma das bandas participantes da segunda edição do Under Tribus, que acontece no dia 24 de julho, a partir das 17h, no Botekim Tematic Bar. A maior expectativa, se não deve girar em torno de um show de rock típico, resume-se em conferir a qualidade dessa revelação baiana merecedora das atenções gerais de daqui por diante.

Casa de Vento segue para mais

uma apresentação de o sucesso

Quase um ano depois daquela apresentação de estreia no Feira Noise Festival 2010, a Casa de Vento é uma banda pronta em todos os aspectos. Esse crescimento tão rápido se deu graças a uma série de fatores que inclui a qualidade das canções e a experiência de palco adquirida com um número de shows acima da média do cenário local. No entanto, o principal trunfo deve-se ao estilo indie rock bem delimitado, cujos caminhos os integrantes parecem dominar sem dificuldades.

É natural ouvir as músicas do EP homônimo recém-lançado e associá-las a uma tradição britânica que vai do pós-punk ao cenário atual, além de passar pelo britpop. De The Smiths a Coldplay, de Radiohead a Snow Patrol, as maiores influências são facilmente listadas e englobam também outros contextos, a partir de R.E.M., Los Hermanos e Violins, dentre outros nomes. Não por acaso os covers são parte fundamental das apresentações ao vivo, uma vez que a Casa de Vento não se preocupa em esconder suas fontes de inspiração.

Antes de procurar ser basicamente original, o grupo formado por Josh (vocal), Esteves (teclado), Filipe (baixo), Cordeiro (guitarra) e Marcelo Miranda (bateria) busca a eficiência no que se propõe. O resultado disso são as competentes “O Mistério das Cinco Estrelas”, “A Revolução dos Bichos” e “Esperando por Godot”, somente citando algumas composições capazes de agradar um público segmentado e preencher os requisitos de um bom rock alternativo cantado em português. O vocal impressiona pela maturidade e nunca deixa a desejar, sendo bastante adequado à linha em questão.

O fato é que quase nada há mais a ser dito sobre a Casa de Vento, a não ser destacar seus méritos já conhecidos por muitos. E no dia 24 de julho, a propósito, todos terão a chance de ver e rever esses músicos na segunda edição do Under Tribus, promovido pela Trupe Mandhala Fusion e pelo Feira Coletivo Cultural junto ao Circuito Fora do Eixo. O evento deve começar às 17h e será realizado no Botekim Tematic Bar, ainda com a presença das bandas Lunata (Salvador) e Vandaluz (Patos de Minas – MG).

Vandaluz apresenta experiência única no Under Tribus

O grupo Vandaluz surgiu em Patos de Minas (MG) impulsionado pelo desejo de livre expressão, produzindo um rock performático repleto de psicodelia e influências setentistas da música popular brasileira. Desde quando foi lançado o primeiro álbum de estúdio, intitulado Ascende (2007), são muitas as participações em festivais importantes, como as edições do Grito Rock realizadas em Belo Horizonte, Uberlândia, Itabirito, Cuiabá, Brasília, Poços de Caldas, São Carlos e a própria cidade natal.

Em 2011, a banda dá continuidade ao ritmo de shows ao se lançar em uma turnê chamada “Afago a Fogo”. A excursão começa em território local e passa por dez municípios nordestinos – incluindo Feira de Santana, onde o espetáculo poético, musical e teatral promete fazer sucesso com seu estilo diversificado e de linguagens convergentes. Ouvir o que fica disponível no MySpace, por exemplo, certamente não é garantia de conhecer as dimensões da apresentação ao vivo.

Em meio à boa quantidade de canções autorais, “Lucidez” (para a qual foi gravado um videoclipe recentemente) e “Teoria” costumam atrair as plateias à proporção que representam a mistura dos mineiros. Algumas das características mais perceptíveis estão nos versos pouco usuais, vocais propositalmente desregrados, instrumental atualizado e ao mesmo tempo saudosista, ou seja, em processo de releitura.

Vandaluz é formado por Lucas de Paula (guitarra e vocal), Cassim Amperes (voz e gaita), Vane Pimentel (voz e poemas), Alan Delay (baixo) e Ciro Nunes (bateria, flauta, samplers e vocal). Sem abrir mão de uma atitude poética nos palcos, muito menos da musicalidade que independe do lado visual, o quinteto avesso a rótulos se apresenta na segunda edição do Under Tribus, marcada para o dia 24 de julho, às 17h, no Botekim Tematic Bar. Ao que tudo indica, será uma experiência única.

Texto por Ana Clara Teixeira – Feira Coletivo

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