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Ouvidos e olhares entram em sintonia com o espetáculo instrumental de Marco Pereira Trio

Eventos - 20/12/2019
Ouvidos e olhares entram em sintonia com o espetáculo instrumental de Marco Pereira Trio Foto: Jorge Magalhães

Um espetáculo à parte em todos e para todos os sentidos: conceito estético sonoro, ritmo, harmonia, luxo instrumental e literatura violonística brasileira virtualizada em acústica. O nome próprio deste arranjo chama-se Marco Pereira Trio.

Cada ouvido na Praça Padre Ovídio, durante a noite de quinta-feira do Natal Encantado 2019, ativamente contemplou o som do violonista Marco Pereira com o luxuoso apoio do acordeão de Bebê Kramer e reforço das melodias mais graves da polifonia pelo contrabaixo de Guto Wirtti.

Aí já sabe, né! Um silêncio que provocava o barulho dos olhares perplexos do público ao abraçar, delicadamente, clássicos da MPB, em uma viagem com partida de Dilermando Reis com direito a paradas em Baden Powell e Paulo César Pinheiro até chegar em Vinicius de Moraes.

A inspiração no “Trio Surdina” – surgido na época de ouro da Rádio Nacional, no início dos anos 50 – recriou o novo trabalho estético de sonoridade suave e cativante do grupo instrumental Marco Pereira Trio.

As obras do músico arranjador tem sido gravadas e tocadas em concerto por grandes intérpretes americanos e europeus, além de gravações com importantes artistas do cenário musical brasileiro, como Zélia Duncan, Edu Lobo, Cássia Eller, Gilberto Gil, Gal Costa, Wagner Tiso, Daniela Mercury, Zizi Possi, Rildo Hora, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Milton Nascimento, Leila Pinheiro, Fátima Guedes, Nelson Gonçalves e Roberto Carlos.

“É uma honra acompanhar esse cara [Marco Pereira] que deixou um carimbo no universo da música brasileira com todos os métodos e a história de composição para o violão”, frisou Guto Wirtti, ao dividir mais uma vez o palco com “o fenômeno músico-instrumental”.

Marco Pereira já recebeu o prêmio Sharp em dois anos consecutivos: Melhor Arranjador de MPB pelo disco Gal, da cantora Gal Costa - 1993 e Melhor Solista/Melhor Disco Instrumental do ano pelo trabalho Bons Encontros, em duo com o pianista Cristóvão Bastos - 1994.

Ao interpretar por cordas ‘Lamentos do morro’, um dos clássicos do repertório, o público quebrou o protocolo e as palmas ocuparam o seu devido lugar.

“Desde o primeiro dia que venho aqui pra ver os artistas. Não tem como ficar de fora tamanha a organização e qualidade do projeto e dos músicos. Excelente.”, afirmou a estudante de Engenharia, Deusa Maria da Silva Oliveira. 

Ela é uma das dezenas de pessoas com necessidades especiais que aproveitaram o espaço reservado pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), durante todos os dias do maior evento do Nordeste nesta época do ano.

Texto: Andrews Pedra Branca
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