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Mostra Clássicos do Panorama exibe Morangos Silvestres e 8½

Cinema - 02/10/2016
Mostra Clássicos do Panorama exibe Morangos Silvestres e 8½ 8½, com direção de Federico Fellini, recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Figurino - Foto: Reprodução

Entre as produções, destaque ainda para documentário sobre

a Guerra do Vietnã, assinado por Godard, Resnais e Varda

O XII Panorama Internacional Coisa de Cinema selecionou produções de diretores icônicos para uma mostra de clássicos do cinema mundial. Entre os filmes, todos com cópias restauradas, o público vai assistir ao premiado Morangos Silvestres, do sueco Ingmar Bergman, que figura na lista dos 1000 melhores trabalhos já produzidos no cinema mundial, segundo o jornal The New York Times.

O italiano Pier Paolo Pasolini será representado por seu drama Mamma Roma, produção de 1962, que retrata a vida de uma prostituta em busca de mudar de vida. Outro diretor símbolo do cinema italiano, Federico Fellini será lembrado com , vencedor do Oscar de filme estrangeiro em 1964, e protagonizado por Marcello Mastroianni e Claudia Cardinale.

Destaque também para Longe do Vietnã, produzido em 1967, e assinado por Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Joris Ivens, Agnès Varda, Chris Marker, William Klein e Claude Lelouchn, que figuram entre os maiores cineastas do mundo. Espécie de obra-manifesto, o filme mistura registro documental e ficção para combater a propaganda americana e a cobertura da grande mídia durante a Guerra do Vietnã (1955-1975).

Na mostra, serão exibidos ainda Le Joli Mai, de Chris Marker e Pierre Lhomme; Fitzcarraldo, de Werner Herzog; e Mélo, de Alain Resnais. A projeção de todas as obras será em tecnologia DCP 2K, que garante qualidade de som e imagem, mesmo em filmes antigos. “O Panorama é um dos poucos festivais do Brasil preocupados em exibir os filmes em sua máxima qualidade”, garante Cláudio Marques, idealizador do evento.

O XII Panorama Internacional Coisa de Cinema acontece de 9 a 16 de novembro, em Salvador e em Cachoeira, e tem o patrocínio do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, e da Petrobras.

FILMES

Morangos Silvestres (1957, direção: Ingmar Bergman) – Drama. Suécia. Vencedor do Urso de Ouro de Berlim (1958) e do Globo de Ouro nos EUA (1960).  Isak Borg (Victor Sjöström) é um professor de medicina que revisita vários momentos marcantes de seu passado, durante uma viagem de carro até sua antiga universidade, onde irá receber uma honraria. Acompanhado de sua nora, Marianne (Ingrid Thulin), ele evoca a memória de sua família e de sua ex-namorada. Quanto mais Borg recorda as decepções e desilusões que viveu, mais ele se sente frio e cheio de culpa.

Mamma Roma (1962, direção: Pier Paolo Pasolini) – Drama. Itália. Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza (1962). Mamma Roma (Anna Magnani) é uma prostituta de meia-idade que sonha em mudar de classe social para poder voltar a viver com o filho adolescente. Ela faz de tudo para dar uma vida melhor ao rapaz, que não quer saber de estudar ou trabalhar e vive na rua com os amigos arruaceiros. Quando o passado de Mamma volta a atormentá-la, ela vai perceber que o recomeço é incerto.

Le Joli Mai (1963, direção: Chris Marker, Pierre Lhomme) – Documentário. França. Premiado no Festival de Veneza Maio (1962). Chris Marker e sua equipe filmam a cidade de Paris, buscando uma maior proximidade com as pessoas da cidade. O documentário faz uma reflexão sobre o primeiro mês de paz, após sete anos de guerra na Argélia.

8½ (1963, direção: Federico Fellini) – Drama/ Fantasia. Itália e França. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Figurino – Preto e Branco (1964).  Prestes a rodar sua próxima obra, o cineasta Guido Anselmi (Marcello Mastroianni) ainda não tem ideia de como será o filme. Mergulhado em uma crise existencial e pressionado pelo produtor, pela mulher, pela amante e pelos amigos, ele se interna em uma estação de águas e passa a misturar o passado com o presente, ficção com realidade.

Fitzcarraldo (1982, direção: Werner Herzog) – Drama/ aventura. Alemanha e Peru Vencedor do Melhor Diretor (Cannes, 1982). Início do século XX. Brian Sweeney Fitzgerald, mais conhecido como Fitzcarraldo (Klaus Kinski), é um homem extremamente determinado, que possui a louca ideia de construir uma casa de ópera no meio da floresta amazônica. Para conseguir o dinheiro necessário, ele decide explorar borracha. O problema é que, para transportar o produto, terá que atravessar morros e matas com um barco.

Mélo (1986, direção: Alain Resnais) – Drama romântico. França. Vencedor do César de Melhor Atriz e Ator Coadjuvante (1987). Na Paris de 1920, Pierre (Pierre Arditi) e sua mulher Romaine (Sabine Azéma), vivem um casamento feliz, até que o maestro Marcel Blanc (André Dussollier), antigo amigo de Pierre, que havia sido traído pela esposa, se apaixona por Romaine e eles passam a ter um caso extraconjugal. Romaine se suicida misteriosamente, enviando uma espécie de carta testamento ao marido.

Longe do Vietnã (1967, direção: Chris Marker, Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Joris Ivens, Agnès Varda, William Klein, Claude Lelouch) – Documentário/Drama/Guerra. França. Sete grandes cineastas se unem para realizar um documentário sobre o Vietnã, demonstrando, em seus respectivos segmentos e curtas, suas preocupações, seus pensamentos, suas críticas e o seu apoio ao povo do Vietnã do Norte, a parte socialista do país, que, à época, resistia bravamente à invasão norte-americana e aos ataques do Vietnã do Sul, capitalista, e tentava sobreviver à Guerra do Vietnã.

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