Dos verbos sem nome
Poesia - 15/09/2013
(Em seis movimentos minimalistas)
I
Versos engravidam!
Versos parem
sobre paredes,parem
versos de rua
em silêncio.
II
Tanto mais do que o espanto
o pranto lava a lama
entranha de corpo nu.
III
Grosseiramente exposto,
o corpo,corrupto e turvo
se embriaga.
IV
Há homens que têm força,
mas,como as pedras não têm
voz.
V
O verso lírico
se maldiz
diante do que faz
o verso insano.
VI
Se vis,
serão os homens
um dia,civilizados?!...
Cezar Ubaldo
Cezar Ubaldo