Freeman e o mundo virtual no blog da Flip » Literatura » Cultura » Infocultural

Freeman e o mundo virtual no blog da Flip

Literatura - 10/07/2011
 
 

"Hoje em dia as pessoas passam muito tempo no virtual e acabam esquecendo do real, dos seus cônjuges por exemplo. Uma hora alguém vai ter que se mudar."

Conhecido por seu livro A tirania do email e por seu Manifesto por uma comunicação lenta, publicado no Wall Street Journal, o jovem editor da revista britânica Granta, John Freeman, ganhou a empatia do público ao comentar sobre a geração atual e sua relação com o mundo virtual. Freeman dividiu a mesa com o mexicano Enrique Krauze, que atualmente dirige a revista Letras Libres. O encontro de gerações, nacionalidades e pensamentos diferentes foi o ponto forte da mesa "No calor da hora", que discutiu principalmente as questões da influência do intelectual e da literatura na cobertura jornalística.

 

Quadrinho de gente grande

 

Joe Sacco não frustrou às expectativas de quem acompanhou sua mesa na Flip. É conhecido por misturar as duas artes, quadrinhos e jornalismo, já que, segundo ele,  "Jornalismo não é ciência". Arrancou aplausos da platéia em diversos momentos durante a conversa, conduzida com maestria por Alexandre Agabiti Fernandez.

 

Pedalar é preciso

 

David Byrne foi pedalar em Paraty de bom humor. Logo na saída da pousada para um passeio pela cidade com um grupo de ciclistas, foi seguido por fotógrafos e cinegrafistas que corriam pelas ruas de pedra para registrar o artista sobre a magrela. Byrne não parou, mas reduziu e deu risada da disposição de um câmera que se esforçou bastante para conseguir uma boa imagem.

As ruas do centro histórico de Paraty foram um desafio: pedras totalmente irregulares, pontos alagados e muita gente passeando. Ao invés de se irritar se divertiu com o desequilíbrio dele e dos outros ciclistas.

Depois de uma parada de Byrne para fotografar os barcos tradicionais, a pedalada seguiu para o morro do forte, de onde o artista admirou a vista da Bahia. Pediu ao guia que o avisasse se passássemos por animais interessantes ou por orquídeas, que ele gostaria de registrar.

O passeio seguiu pela estrada de terra entre Paraty e Cunha rumo a um alambique tradicional de Paraty. Byrne ouviu atento à explicação de como se produz a cachaça, perguntou sobre a influência do tipo de madeira do barril para o gosto da bebida e ficou espantado ao saber que demora somente entre 3 ou 4 dias para produzi-la. Se interessou, mas não chegou a provar…

O passeio seguiu para o poço das andorinhas, passando por sítios, pastos, currais e cheiro de roça. Byrne tirou fotos, andou em volta d'água, mas não se aventurou a entrar. Fazia um frio atípico para a tarde paratiense.

Voltamos cheios de poeira, com corpo cansado, mas com a cabeça leve para acompanhar o último dia de Flip.

 

Viagem à Bahia

 

João Ubaldo Ribeiro era uma das estrelas desta Flip. E não decepcionou. Conduziu uma conversa tão a vontade e com tanta alegria que só faltou uma rede, da qual o autor contaria seus casos para uma plateia íntima. Durante uma hora o público sentiu o cheiro do mar de Itaparica e se deixou levar pelo gingado baiano de um dos maiores romancistas brasileiros.

Depois desta mesa descontraída e cativante, João Ubaldo Ribeiro falou no “sobremesa”, sobre sua participação em eventos literários.

 

 

Showman na Flip 

 

 

 

   

O efusivo James Ellroy entrou no palco de camisa larga, florida, cuja estampa combinava, de forma surpreendente, com as figuras do fundo do palco da Tenda dos Autores. E sua atitude descontraída, suas tiradas de bom humor, suas frases provocativas também o ajudaram a estabelecer uma imediata empatia com a plateia. Nesta noite de sábado, as luzes da Flip se acenderam para um showman que veio de Los Angeles a Paraty disposto a falar de tudo, com todas as palavras e palavrões que julgasse cabíveis: falou do seu método de trabalho, de seus amores, de sua fase de drogado, de sua cabal indiferença à tecnologia e, sobretudo, sempre com reverência, de Beethoven - para ele, a encarnação da divindade.

Vamos degustar Oswald de Andrade

A última mesa sobre a antropofagia oswaldiana, Pensamento Canibal, contou com trechos de frases do Manifesto Antropófago e dois grandes estudiosos discorrendo sobre o tema: Eduardo Sterzi e João Cezar de Castro Rocha. Antropofagia é um termo que foi muito discutido nesta Flip e mesmo assim, muita gente saiu curiosa, disposta a entender melhor o que significa. É preciso ler, devorar Oswald de Andrade por mais um tempo para chegar perto de uma resposta… mas a semente foi plantada e a descoberta promete ser saborosa.

Assessoria de Comunicação

Fatal error: Uncaught exception 'Exception' with message 'Page not found' in /home/infocultural/www/_paginacao.php:54 Stack trace: #0 /home/infocultural/www/_paginacao.php(47): PaginationHelper->setActualPage('361') #1 /home/infocultural/www/_leia_mais.php(33): PaginationHelper->__construct('527', 5, 0) #2 /home/infocultural/www/_materia.php(112): include('/home/infocultu...') #3 /home/infocultural/www/index.php(33): include('/home/infocultu...') #4 {main} thrown in /home/infocultural/www/_paginacao.php on line 54