Após quatro anos do lançamento de seu último livro de poesia, Trovares, Araylton Públio lança agora Sinais de Transe, com 51 poemas inéditos. Entre eles, títulos como “Aviso”, “Moro no caminho”, “Afetos”, “Chorar o Timbira”, “Casas da viola” e “Paisagem zen”.

Sinais de Transe é o quarto conjunto de poemas publicado por Públio, onde três vertentes poéticas se aglutinam: os signos da modernidade urbana, a utopia de um espaço mítico, rural, e a figura do trovador apaixonado. Nas palavras de Márcio Junqueira, que escreveu o prefácio do livro, essas vertentes podem ser assim traduzidas:

“O afeto e a urgência, que não encontram paradeiro na cidade, conduzem à poesia, outra via (aonde ir a não ser/ rumo aos becos do poema – se pergunta o eu-lírico na abertura do livro), em busca de abrigo (um instante de suspense no interior do tráfego). Os signos da urbanidade passam então a ser vazados pela emergência de um espaço mítico. A lembrança de um antigo cinema, um passeio de moto, as águas escuras da baía de todos os santos vista ao longe, rosas, vespas, tudo é transporte para uma Pasárgada qualquer, que talvez só exista na cabeça do poeta. Nessa safra de poemas, o locus amoenus parece estar sempre relacionado ao campo, a uma experiência rural idealizada. Onde o poeta se traveste de cantor pastoril, meio vaqueiro, meio trovador: 

De modo a sair de mim/ vou pras casas da viola/ pois dentro de qualquer uma/ acordo ao lado da lua/ Melhor ser só de lá/ do que ter dó de si.”

O lançamento de Sinais de Transe acontece no dia 14 de abril, próxima quinta-feira, a partir das 20h00, no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira, e o exemplar será vendido a dez reais. Ainda haverá nessa noite a vernissage de duas exposições fotográficas, de Márcio Medrado e Patrícia Martins. Informações pelos tels.: 3223.7033 e 3603.7774 (MAC) ou e-mail para macfeira@gmail.com.