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A fotógrafa Iêda Marques lança seu primeiro livro, reunindo imagens e prosa sobre a vida no sertão

Artes Visuais - 30/04/2012
A fotógrafa Iêda Marques lança seu primeiro livro, reunindo imagens e prosa sobre a vida no sertão Altar feito na Sexta-feira da Paixão em Boninal - Foto: Iêda Marques

A vida no sertão, suas alegrias, encantos e agruras compõem o cenário do primeiro livro solo da fotógrafa Iêda Marques. Reunindo prosa e imagens, a obra “Iêda Marques – Lembranceiras, imaginário e realidade” revela um olhar poético sobre atividades cotidianas, as festas de Reis, as brincadeiras infantis e paisagens poucos conhecidas da Chapada Diamantina. Editada pela Solisluna Editora, com apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, a publicação será lançada no dia 8 de maio, no foyer do Teatro Castro Alves, às 19 horas, com exposição de fotos e monóculos. O lançamento conta ainda com a apresentação do grupo Reisado Terno das Ciganas de Caeté-Açu, do Vale do Capão. A exposição segue até o dia 18 de maio.

Com preço promocional de R$ 80,00 no dia do lançamento, o livro contextualiza as fotos com palavras, uma narrativa de vida inspirada na rota leste-oeste, que marcou a vida do pai da autora e se refletiu em sua própria trajetória. “Esse livro é resultado de um longo trabalho com as pessoas de onde venho”, escreve Iêda, que nasceu em Boninal e, após passagens por São Paulo, Salvador, Barreiras e Londres, escolheu a cidade para morar. A obra reúne fotografias feitas entre as décadas de 80 e os dias atuais, algumas a pedido dos retratados, outras como apoio a trabalhos de pesquisa, e tantas mais atendendo ao interesse que a cena despertou na fotógrafa.

O texto foi maturado aos poucos, a partir da semente plantada por professoras da Unicamp que a assistiram em uma palestra. “Elas me disseram ‘você tem de escrever tudo isso que fala’”, conta a autora. Sempre interessada em provocar sua comunidade sertaneja ao auto-olhar, Iêda não demorou a concluir que para este público a mensagem estaria mais completa com palavras que revelassem o contexto da imagem.

E é nesse fluxo de conversa que segue a narrativa do livro, entrecortada por explicações, variante no tempo e espaço, sem capítulos, nem amarras, quase um bate-papo que convida o leitor a um mergulho sensorial em cada imagem vista, em cada palavra lida.

Para Iêda, o livro é sobretudo uma extensão do seu ativismo ambiental e da luta pelas causas sociais das comunidades rurais e agricultores familiares. “Meu interesse é que a população rural veja como somos capazes, como podemos ousar, colocar o sentimento e a criatividade a serviço da nossa causa e da nossa própria subsistência”, explica a fotógrafa. No jogo de luz e sombra das fotografias de cozinhas, tão presentes  no  livro, ela sintetiza a reflexão sobre sustentabilidade. “Se você cuida da sua casa, você tem de cuidar da casa maior, que é o planeta”.

O projeto

Embora Iêda tenha começado a acalentar o sonho de publicar um livro em 1999, foi em 2001 que a ideia ganhou fôlego, com o compartilhamento do projeto com a Solisluna Editora. Nessa época, já existia uma longa amizade entre a fotógrafa e os editores Enéas Guerra e Valéria Pergentino.

Valéria e Enéas explicam que abraçaram a ideia de editar o livro de estreia de Iêda Marques por tudo que o trabalho tem a ver com o conceito editorial da Solisluna, que é publicar a riqueza da identidade brasileira. “É um trabalho honesto, verdadeiro e profundo, que nos mostra uma beleza sem tamanho dos povos do sertão”, declara Valéria. Enéas complementa, falando sobre o olhar de Iêda: “sua arte fotográfica extrapola qualquer tratado antropológico, mostra imagens que retratam a realidade de uma região e seus habitantes, a Chapada Diamantina, que por ser bela precisa ser melhor cuidada e protegida.”

Iêda Marques

Vencedora do Prêmio Marc Ferrez de Fotografia (Funarte/MinC), em 1998, Iêda Marques tem fotos nos acervos do Museu de Arte de São Paulo - Coleção MASP/Pirelli e no Museu da Casa Brasileira. Em 2009, a fotógrafa realizou sua primeira exposição individual, “Luz do Interior”, que incluía uma instalação com monóculos, instrumento muito usado por ela para mostrar as fotografias às comunidades retratadas.

Ativista ambiental desde a década de 70, ela colocou a fotografia a serviço de documentar e revelar a riqueza cultural e natural da Chapada Diamantina e do Oeste baiano, com seus biomas característicos, respectivamente, a caatinga e o cerrado.

Iêda Marques dirigiu o Parque Nacional da Chapada Diamantina entre 2004 e 2005. Atualmente assessora voluntariamente 32 associações de produtores e moradores rurais do município de Boninal.

SERVIÇO

O que: Lançamento de “Iêda Marques – Lembranceiras, imaginário e realidade”

Autora: Iêda Marques

Solisluna Editora

Quando: 08 de maio, às 19 horas

Onde: Foyer do Teatro Castro Alves – Tel: 71 3535-0600

Preço do livro: R$ 80,00 – valor promocional de lançament

Book trailer: http://vimeo.com/39857319

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Jane Fernandes/Quarta Via

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