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Dom Itamar Vian

O Anjo bom da Bahia

13/08/2018

Nesta semana, acontecem, no Brasil, diversas celebrações para recordar a vida e missão da irmã Dulce Pontes Lopes, o Anjo bom da Bahia. É venerada pelos católicos, os ateus a honram e pessoas de outras religiões a reverenciam. Tem seu nome gravado na história da Bahia e, sem exagero, na história do Brasil.

NASCEU em 26 de maio de 1914, em Salvador – BA. Aos 16 anos, ingressou na Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis. A partir daí, passou a dedicar-se, totalmente, à ajuda e ao socorro de enfermos, mendigos, desvalidos e de todos aqueles em situação de abandono ou miséria, particularmente, crianças e pessoas idosas.  Apesar da aparência frágil e humilde, tinha uma incansável disponibilidade para servir. Fundou o Hospital Santo Antônio, que presta atendimento a um número incalculável de pessoas.

SOFREU, a vida toda, com muitas enfermidades, mas isso não a impediu de realizar a caridade, sempre apoiada em sua fé inabalável na Providência Divina.  Ela dizia: “Se fosse preciso, começaria tudo outra vez do mesmo jeito, andando pelo mesmo caminho de dificuldades, pois a fé, que nunca me abandona, me daria forças para ir sempre em frente”. Pouco antes de sua morte, recebeu a visita do Papa João Paulo II. Morreu no dia 13 de março de 1992, dias antes de completar 78 anos de idade.

PODEMOS imaginar quantas dificuldades Irmã Dulce teve que passar ao longo de seus dias. Vencendo todas as barreiras, conseguiu realizar o sonho de ver um galinheiro transformado num hospital, que continua sendo a imagem de que é possível fazer milagres quando pautamos nossos ideais no Cristo que veio para servir e não ser servido.

IRMÃ DULCE passou a vida construindo obras sociais e pregando o valor da caridade. Repetia, com freqüência, um pensamento de Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que servem são mais santas do que os lábios que rezam”. A sua vida de doação lhe rendeu o nome, como carinhosamente a chama o povo, de Anjo bom da Bahia.

A RELIGIOSA é exemplo de vida para todas as pessoas que desejam “crer com as mãos”.
 Sua história justifica a beatificação e aguarda-se, para muito breve, sua canonização. Todos os santos e santas foram imitadores de Jesus Cristo. A Irmã Dulce dedicou a sua vida aos pobres e sofredores procurando ver em cada ser humano a pessoa de Jesus que disse: “Tudo que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que fazeis”. (Mt 25,40)

Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
di.vianfs@ig.com.br

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