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Eduardo Kruschewsky

Que o povo possa escolher quem considera melhor!

06/10/2012

Permitam que antecipe a minha coluna para o sábado e que fuja um pouco do formato, omitindo os “Rapidinhas” e “Viva o Brasil!!” já tradicionais. É que, neste fim de semana, acontece o dia D. Vai ser escolhido o prefeito que dirigirá o futuro de nosso município durante quatro anos, após  uma campanha meio insossa, marcada por um ou outro factoide. Assim, gostaria de me estender em comentários sobre uma eleição que poderá ir até um segundo turno...

Se o teor deste comentário melindrar a algum candidato, paciência! Não estou aqui para agradar a quem quer que seja. Não é para isto que optei ser jornalista e jamais colocarei a caneta a serviço de outra coisa que não seja a Verdade, evitando afagar a quem quer que seja.

Misturando campanha, prefeituráveis e vereadores optaram por velhos métodos, tais como, em tempos modernos, o uso de centenas de carro de som! Foi uma lástima! A cidade ficou a mercê de muitos decibéis e a Prefeitura perdeu uma grande oportunidade de faturar em cima disto, multando os infratores. Quanto à publicidade visual, eu não sei qual a pior: se a que foi proibida pelo TSE (colagens de cartazes, etc.) ou esta dos cartazes removíveis com fotos de candidatos “phoshopiados”, alguns quase irreconhecíveis. Em vez de mostrar a “careta” do dia a dia, o fizeram em edição melhorada (Viva os recursos virtuais!). E os nomes e slogans dos candidatos à Casa da Cidadania? Já pensaram se for eleita uma Câmara assim? “- Com a palavra o vereador Ruim por Ruim Vote Em Mim”? Aí, depois deste, subiria à tribuna um dos muitos que juraram defender “cultura, esporte, saúde e segurança”, (com certeza, o bordão mais surrado pelos candidatos). Seria hilário ouvir: “- Eu sou “Do Bolinho” e vou dar a receita: Colocarei “Pimenta” e “Banha”, etc., etc., deixando o povo sem entender nada. Ressalte-se ainda o fato: o eleito não deverá cumprir o prometido, olhando para o próprio umbigo, na base do “farinha pouca, meu pirão primeiro”...

Passados anos e anos sem fatos da espécie, um político foi vítima de atentado, desta vez com uso de bomba. Coisa muita estranha, mas verdadeira porque aconteceu. Ninguém sabe, até agora, quem  cometeu a insanidade de detonar um petardo na porta da casa de um vereador-candidato e que faz parte da ”tropa de choque” (o jargão não é este mesmo?) de um prefeiturável. Como o “remetente” não se identificou, alguns acreditam (incluso a própria vítima) que  foi o PT em represália a uma denuncia feita; outros consideram “fogo amigo” para culpar os adversários ou, ainda, pode ter sido ação de  terceiros para jogar lenha na fogueira querendo ver o circo pegar fogo. De toda maneira, é algo irresponsável e digno de repulsa porque envolve na politica a mais sagrada instituição humana: a família e sua segurança. Aqui fica a nossa solidariedade aos inocentes que passaram pelo susto.

Isto, aliás, nos fez lembrar o episódio Chico Pinto acontecido anos atrás, quando “atiraram” no carro do candidato a prefeito e até hoje ninguém sabe quem o fez. E fica aqui a nossa crítica para estas histórias de “ficha suja” de última hora. Elas pouco ou quase nada influenciam no resultado das eleições, nem para um lado nem para o outro. O povo (ao menos, a maioria) não dá ouvidos a acusações às vésperas de pleito eleitoral, plantadas para tentar mudar votos e que tanto enfeiam uma campanha politica de pessoas que se dizem, APENAS, preocupadas com o futuro de nossa terra. A campanha deveria ser marcada somente por exposição de planos de trabalho dos candidatos. Assim, o povo, tomaria a decisão, dificilmente mudando de lado. Na minha opinião, a bomba que prometia ser estrondosa virou traque de massa! Soarinho, o Esclerosado, ouviu falar em Chico Pinto e pediu orientação antes de votar: “-Edu, como é que escrevo lá: Chico ou Francisco?”. Tentei convencê-lo de que Chico Pinto não era mais candidato e ele, “viajando na maionese”, escolheu Colbert, segundo ele, o maior prefeito que a Feira já teve... Aí, já impaciente, encerrei o assunto dizendo que Colbert já era. Agora, era vez de votar em Jhonatas, Tarcisio, Zé Neto e Zé Ronaldo e ele, aborrecido, resolveu que não votaria em mais ninguém porque ele era um homem à antiga. Novidade!!

Portanto, leitor, não se deixe levar por esta ou aquela acusação ou mesmo por promessas estapafúrdias. Antes de exercer o sagrado direito de escolher quem dirigirá os destinos de sua cidade, faça um exame de consciência e escolha os seus representantes. Depois, no silêncio e solidão da cabine eleitoral, cumpra o seu dever de cidadão cônscio de que está em paz consigo mesmo.

Eduardo Kruschewsky