Aeroporto maior, ferrovia para Brasília, porto com mais capacidade, solução para os endividados da lavoura do cacau, duplicação da BR 101, a Rio Bahia Litorânea, e estímulos para a zona livre industrial a fim de fabricar equipamentos eletrônicos são pontos agendados para a região de Ilhéus que agora pode retomar o seu orgulho de lugar onde gerava mais renda para o Estado da Bahia no inicio do século XX no auge da lavoura do cacau.
Tais soluções estão anunciadas ou incrementadas agora no final do governo Lula mas o seu concorrente José Serra promete manter essas decisões e fazer mais ainda caso vença a candidata Dilma Roussef, do governo.
A região, que já sedia a Universidade Estadual de Santa Cruz, se vê novamente importante com tantas obras e providências anunciadas. A principal é a construção da Ferrovia Leste-Oeste que irá até Brasília, podendo Ilhéus ser o porto da capital federal. Antes o projeto do seu traçado era para a Baía de Maraú que tem uma profundidade natural de mais de 20 metros, podendo receber navios de grande calado sem maiores obras de dragagem e sem atentar tanto contra o meio ambiente e pontos turísticos.
Entretanto, o Senador Cesar Borges conseguiu aprovar uma emenda no Congresso que desvia o seu traçado para Ilhéus argumentando que assim também atenderia ao escoamento de minério de ferro e de outros minerais explorados na região de Caetité. Isso vai requerer um porto ampliado para também atender ao volume de exportação da soja de Barreiras, algodão, café, gado e mais riquezas,
É possível que também futuramente haja uma crescente safra de cacau pois muitas medidas como combate à praga da “vassoura de bruxa” estão sendo adotadas. Essa praga quase a dizimou a plantação, mas agora com mudas de cacaueiros resistentes e o encaminhamento da solução das dividas dos plantadores, incentivando-os a retomar a produção. Deve então voltar a empregar mão de obra rural a qual foi inchar Ilhéus e mais cidades com a decadência da lavoura.
Acrescentem-se a essa pauta, as frutas tropicais que estão sendo cultivadas no Sul e a celulose produzidas por grandes empresas. Além da borracha das seringueiras que estão sendo plantadas para sombrear o cacau.
AEROPORTO & TURISMO
Como Ilhéus é uma velha cidade proveniente da colonização do Brasil com as Capitanias Hereditárias, ela tem tradição em Cultura e alguns dos seus prédios atraem como a sua catedral. Mas, a maior atração turística são suas praias e paisagens.
Assim, o seu aeroporto bastante utilizado por vôos regulares está sendo ampliado quando deveria ser localizado entre a cidade e Itabuna distante uma da outra por apenas uns 30 quilômetros de rodovia pavimentada. Por Itabuna passa a BR-101, a Rio Bahia Literoânea e assim o aeroporto ficaria mais perto para passageiros que se destinem também a outras cidades da região.
É possível que todas essas providências façam a mentalidade aristocrática do ilheense querer novamente se separar da Bahia e formar um novo Estado, principalmente se juntando com Porto Seguro, que também foi uma capitania na colonização do Brasil, e que tem grande peso no turismo e em outras produções., Não é de hoje que acham a Bahia um Estado muito grande e que pode ser mais poderoso no futuro e, assim, fomentam a discórdia e a ganância.
CASARÃO
Sobre minha defesa do “Casarão dos Olhos d”Água”, na última coluna, por se tratar de um documento vivo da arquitetura antiga da colonização de Feira por fazendas de gado, recebi um email do conhecido jornalista Cristovão Aguiar que, dado a importância, transcrevo: “O Casarão dos Olhos D’água não foi "restaurado", foi "reconstruído", constituindo-se na maior mentira histórica desta cidade. Aquela nunca foi a primeira casa de Feira de Feira de Santana. Não há documentos comprobatórios disso e todas as evidencias levam ao contrário . É apenas uma velha casa de fazenda. A reconstrução promovida com o dinheiro da Pirelli e o prestígio de José Ronaldo, só beneficiou a família Pedra, proprietária do imóvel. Eu sempre fui contra e sempre vou bater nesta tecla. Monsenhor Galvão deve estar se retorcendo no túmulo.”
“SHOWS” PARA SANTANA
Após o término das tradicionais novenas para N. Sra. Santana, na Catedral, que vão até domingo, este ano estão inovadas, pois há apresentações de artistas no coreto onde antes se exibiam as extintas filarmônicas locais em “tocatas”. Há quem veja nisso um resquício da parte profana ou popular que existiu até a pouco tempo. Entretanto, a Igreja abriu a concessão e denominou o acontecimento como “momento cultural” quando os fiéis saem e vão lanchar no toldo grande, saboreando mais um pouco o gosto da festa religiosa da padroeira de Feira de Santana. Hoje tem Cesinha dos Olhos d’Água, amanhã será Cescé Amorim e domingo a Filarmônica Princesa do Sertão.
No feriado da segunda-feira, haverá a procissão de Santana com a saída de todas as imagens existentes em andores, às l6 horas.
Franklin Maxado