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Franklin Maxado

Festival Gospel dá mais do que o “Vozes da Terra”

15/06/2010

A Prefeitura já abriu as inscrições para realizar o III Festival de Música Gospel, contentando os pastores evangélicos neste ano eleitoral, pois é mais comportadinho e controlado do que o “Festival Vozes da Terra”, mais aberto e com todo tipo de compositores laicos e “do mundo”. Nem sequer, pode ser de música sacra para atrair compositores de outras igrejas, inclusive religiosas do Candomblé.

Por causa disso mesmo e de outros detalhes, o disco cd com as músicas do último “IX Festival Vozes da Terra” furou de sair como é previsto no seu regulamento. O Prefeito, informado das irregularidades cometidas pelo duvidoso júri, suspendeu a gravação depois de ter mudado o Secretário de Cultura. Agora, a gravação do mesmo será feita por ‘pregão’ pela Fundação Cultural Egberto Costa, segundo informam.

 Consta que o ganhador do Festival é um artista de Riachão de Jacuípe e não se sabe como arranjou atestado de residência no Município de Feira. Também que houve letras de músicas com erros de concordância pronominal que passaram e ganharam prêmios, já que o prof. Cazumbá este ano não foi jurado do Festival e sim, entre outros nomes, Edir Carneiro e seu cunhado Paulinho Jequié. Este, quando foi concorrente no VIII Festival, alertado de erros, pediu para mudar a letra inscrita.

Outra irregularidade foi a falta de conhecimento dos jurados escolhidos que não sabiam distinguir o que era cantar bem  (já tinha um premio para “Melhor Intérprete Masculino” e  para “Melhor Intérprete Feminino”) para o prêmio “Melhor Performance”. Assim, a apresentação do cantor Sapiranga, com a composição “Aboio Moderno”, que trata da nova pecuária sem romantismo e do boi como simples objeto de industrialização foi esquecida, embora tenha até despertado a atenção do Presidente da CDL, o feirense Alfredo Falcão. Também a música é do conhecido nacionalmente Raimundo Monte Santo e não foi levada em conta, embora fosse apresentada como a “Melhor Performance” e tendo um “Bumba-Meu-Boi” no cenário.

Nisso aí, o jurado Edir Carneiro e o parente Paulinho Jequié, os quais ambos têm estilos parecidos e concorrentes com Sapiranga, ameaçaram a presidente do júri, a formada em música pela UFBA, cantora Célia Zahin, de processá-la se mudasse sua nota para reparar a injustiça.

O certo é que o produtor e arranjador do Festival, Paulo Bindá já gastou por conta própria e está no prejuízo acreditando na vontade de realizar, como vem ajudando tão bem nestes anos todos. Pode ter que arranjar patrocinador por fora como no ano de 2008, quando a Prefeitura não teve verba para bancar o disco. Enfim os conhecidos afirmam que este ano teve o pior júri de todos os festivais, e assim o evento vai se desacreditando e talvez seja suspenso quando tinha tudo para crescer e ser uma vitrina da música feirense. E não se comenta da sua realização este ano.

Parece que querem transformar o festival em estudantil ou de novatos, já que somente gente com menos de 40 anos de idade ganhou os prêmios do último realizado, não obstante ter muitos classificados além desta idade, não representando assim por inteiro a música da região de Feira de Santana. Parece que querem acabar com o festival para os compositores de cabeça conscientes não incomodarem. 

CESCÉ E SUA GRANDEZA

O grande cantor Cescé, que tem o coração maior do que a fama e o corpo, fará o “show Forró Pé de Lagedo” no dia 18 ( sexta-feira) de portas abertas no CUCA, às 20 horas,  como  sempre dando “colher de chá” a “amigos” que nem sempre são amigos. Às vezes estão começando ou por baixo e aproveitam para entrar na mídia e depois o desconhecem ou traem, chutando-o para escanteio. Mas Cescé é Cescé!. 

CAJUEIRO CORTADO

O empresário Marilton Carvalho deu a sua versão da historia do CCC-Clube de Campo Cajueiro, lamentando e dando um tom saudoso como todo feirense para justificar a venda de parte do seu terreno a fim de saldar dívidas. Acha que com a compradora da área, uma revendedora de carro na frente, isolando-o da rodovia e ocultando-o com um grande prédio e desmatando a área (cadê o IBAMA?). A sobra de caixa talvez dê para levantá-lo e ele voltar a ser de novo o grande clube. Vamos justificar a venda pelos débitos e não “dourar a pílula”. Os culpados são os políticos sem visão que não desapropriaram ou colaboraram para se tornar a rodoviária que Feira precisa ou mesmo um centro de convenções já que o outro não sai do papel. Aliás, não li nenhuma afirmação de Vereador, de Deputado ou de políticos sobre o fato, já que se trata de um patrimônio de Feira, mesmo não sendo público. O que restou talvez breve esteja aterrado em dívidas de novo e aí ainda dê para salvar o espaço para ser uma rodoviária com a área contígua que sai para a Avenida do Contorno. 

FAMA DA FAMFS

O trabalho da FAMFS-Fundação de Amparo ao Menor de Feira, já ultrapassou os limites da cidade. E não só porque confeccionou lembranças para os jogadores da Seleção atual de Futebol. Ou porque ajuda a menores carentes, dando motivação pra praticar um esporte ou ter um aprendizado em tarefas visando profissionalização. Agora mesmo um professor nicaragüense de Educação Física formado em Cuba está interessado em passar um tempo na Famfs, aprendendo técnicas de Futebol para desenvolver em seu país.

Franklin Maxado