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Flagelo das drogas

20/04/2015
Milhares de pais e filhos sofrem vitimados pelo flagelo das drogas. O trabalho de prevenção é dos mais importantes. A missão dos que se dedicam à recuperação ou visitam as pessoas e os locais onde elas se encontram é de um amor ao próximo marcante. A recuperação lenta e partilhada é outra bela experiência que comporta muitos voluntários. Os recursos são limitados. ATÉ POUCO tempo, a criança era como que cidadã de segunda classe não deveria receber nada. Hoje, em contrapartida, ela merece tudo o que deseja ter. Isso é um erro grave, pois dizer “não” faz parte da boa educação. É necessário fazer os filhos entenderem que nem tudo é como eles pensam ou querem. Fazer sempre a vontade dos filhos, é um caminho que pode levar ao consumo de drogas. PAIS E filhos não são iguais. Não se trata de autoritarismo, mas, sim, de entender os papéis de cada um: o pai é autoridade, guia, legislador, orientador etc. Não adianta querer ser “amiguinho” do seu filho tratado-o em pé de igualdade. Aí vem o centro da questão: Lembre-se de que ser amigo do seu filho é ajudá-lo à ser pessoa certa para si mesmo e para o mundo que vive. Há necessidade de fazê-los compreender que têm deveres e responsabilidades e estes os ajudarão a serem cidadãos bons, livres e honestos. O COMPORTAMENTO dos filhos afeta os pais, o comportamento dos pais afeta os filhos. Não é raro ver que as atitudes agressivas e destrutivas dos filhos geram descontrole dos pais. Uns acabam com os outros. É preciso, neste caso, jamais perder a serenidade e a dignidade, nem reagir de modo absurdo ante a rebeldia do filho, mas ter equilíbrio para dominar a situação. DA CRISE bem administrada surge a possibilidade de mudança positiva. Não há desculpas. Conhecido o problema é preciso agir na administração dessa crise. Conheça o problema, analise tudo de modo equilibrado e sereno, busque orientação de pessoas experientes no assunto e, depois, avalie tudo em família. Pai e mãe falhem a mesma linguagem na educação dos filhos, busquem um grupo de apoio: amigos, escola, igreja... VEMOS na difusão e na prática desses princípios um grande ato de solidariedade para com tantos homens e mulheres de nossos dias que padecem com o flagelo das drogas em suas vidas ou na vida de seus familiares e buscam, ansiosamente, uma saída eficaz. Não deixemos que a droga mande em nós. A primeira vítima seremos nós mesmos e nossa família. + Itamar Vian Arcebispo Metropolitano di.vianfs@ig.com.br